domingo, 25 de novembro de 2012

Violência Doméstica

Ou "relacional", porque honestamente acho a denominação "doméstica" muito parola. Adiante.
Hoje, a meio do jantarzinho de família, passou uma reportagem sobre violência doméstica, e a boa da Evenstarr vira-se para a sua mãezinha (que comentou algo para o efeito de "se me batesse uma vez ainda passava mas levava logo a seguir com o que estivesse à mão") e diz: Havia de ser comigo. Violência domestica? Deixar que me batam? Deve ser deve.
Vamos lá a ver: Eu sou teimosa, casmurra, cabeça dura, bruta, (mau feitio, segundo 90% das pessoas que me conhecem) ...tudo o que há que me leve a resistir, faz efeito e funciona lindamente. Nem quando sofria de bullying ficava quieta, porque haveria deixar que um marmanjo qualquer me lixasse a vida? Não me venham com tretas do "ah mas o amor" ou "mas ele é mais forte" - epá que se foda, amigos! Posso ir parar ao hospital (o que é um braço partido, se lhe fizer o mesmo), posso perder o suposto amor da minha vida (o que nunca consideraria, porque homem que é homem não faz hobby de bater em mulheres e não faz o meu tipo) mas não vou deixar que me tirem a dignidade nem a felicidade. 
Posto isto, não entendo o que leva uma mulher (ou homem mesmo) a rebaixar-se às vontades e abusos de uma criatura nojenta. Isso não é amor, é ser tapada(o). Amigas(os) vamos lá a mexer o rabiosque e a pedir ajuda: não é vergonha nenhuma. Não é culpa nossa, as aparências enganam, as pessoas mentem e manipulam. O que interessa é arranjar a força para continuar em frente. E temos forças policiais para assegurar que essas bestas não nos voltem a tocar (embora a justiça em Portugal seja um bocado complicadinha).

Isto é o tipo de assunto que me revolta: pessoas que se conformam em ser miseráveis e se submetem a situações que vão contra os princípios morais universais. Não têm força para dominar o agressor fisicamente? Já ouviram falar de uma coisa chamada cabeça? Dizem que é poderosa.

P.S.: Um professor meu disse que sexo no primeiro encontro leva muitas vezes a violência doméstica. Just Sayin'.

2 comentários:

  1. Andaste a ouvir o Saraiva... :P eu compreendo o medo delas... mas nao compactuava com o silêncio, isso nunca..

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  2. Por acaso foi o João Justo mulher! mas sim, eu também compreendo o medo, mas eu acho que numa situação desesperante o medo toma forma de instinto de sobrevivência e a modos que "desaparece"

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