quinta-feira, 14 de março de 2013

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Behold: Quarter Life Crisis

Bem sei que não tenho posto aqui os pés ultimamente, e até que é estranho porque não ando fisicamente ocupada ou a morrer pelos cantos devido à faculdade. Mas a questão é que sim, estou ocupada, estou a morrer: mentalmente. 

Cheguei ao ponto da minha vida em que me questiono sobre todas as rotas possíveis a tomar por um futuro feliz. E é normal - 21 anos, ainda agora estou a ter o sabor do mundo dos adultos...mas não gosto por onde estou a caminhar. É aquilo a que alguém chamou "Quarter Life Crisis" (youtube it.). 
Sempre pensei que, ao entrar em psicologia, that would be it. Fiquei empolgada com a ideia de ser psicóloga, e seguir psicologia forense, woah, lindo, perfeito. Mas não. Vim a perceber que não.
E porque não? Porque de trás vem o bicho do teatro, o bicho do cinema, das histórias, realização, edição de imagem e filme e 30 por uma linha de artes. Vim a perceber que desde o meio do 10º ano que não me sinto tão atraída por ciências (visto que foi esse o agrupamento que segui). Aliás, o problema nem é esse, o problema é que eu acho tudo interessante. Ciências, História, Psicologia, Arte, Línguas. Sou uma daquelas pessoas que adora tudo. No entanto, quando realmente paro para pensar "Mas o que é que eu me vejo a fazer no futuro?", eu não sei. Acho que um trabalho rígido, formato escritório-9-às-5, não é algo que me veja a fazer. Mas poucas são as pessoas que se escapam desta rotina. Por exemplo, antes de ontem ouvi a Simone de Oliveira na T.V., a senhora estava a falar sobre como às vezes trabalha 12h por dia, nas gravações. Mas ela parecia tão feliz. E agora penso: bem, se estivesse a fazer algo que adoro, provavelmente também me sentiria assim.
Mas, back to the point, vim a perceber que sempre, lá no fundo, esperei que algo viesse e tirasse o protagonismo à psicologia. Tipo, entrar num filme, tipo, escrever um livro, tipo viajar, tipo. 

O problema é que nunca tive um sonho bem definido. Porque nunca me permiti. Porquê? Porque tenho medo de tomar as decisões erradas, porque nunca me encorajaram, porque os meus sonhos provavelmente são estúpidos, porque provavelmente vou falhar. Porque sofro de ansiedade e a minha auto-estima está ao nível da subcave. E não tenho pessoas que me apoiem. Os meus pais ora me dizem que sou louca, ora não querem saber. Os meus grupos de amigos, esses olham de lado, fazem piadas, etc. Só devem existir 4 pessoas que me dizem "go for it". And that's not very reassuring. Até consigo ouvir os pensamentos hipotéticos de certas pessoas "Ela só diz isto porque de repente ficou obcecada com x e y, isto passa-lhe." ou "Ela há-de ter visto algo na internet e passou-se, isto passa-lhe." ou só "isto passa-lhe". Bom, fuck you too. As pessoas não percebem que as obsessões, em mim, só despertam o que já lá estava, porque para eu ficar vidrada em algo é preciso que eu sinta uma qualquer ligação.

Portanto, não sei o que fazer. Só sei que estou farta. Sinto-me incomodada, desconfortável, pronta para outra. Continuo a adorar psicologia. Mas o bicho está lá. E não sai. E, I swear to the high heavens, que se me tentarem ajudar com conselhos batidos, forem condescendentes, me chamarem tola ou tentarem de alguma forma comentar sobre a minha indecisão com superioridade, eu vou bater em alguém. E desengane-se quem pense que isto é um pedido de ajuda, isto sou apenas eu a descarregar pensamentos na internet. Se eu quisesse ajuda, não seria na Internet que a procuraria. Aliás, eu até já resolvi 60% da questão na minha mente. No entanto, isto é necessário para mim.

P.S.:E se eu escrever opiniões para todos os livros que ler este ano?
P.P.S.: Agora tenho youtube, e tenho um video novo a sair...eventualmente, quando o editar.(youtube.com/nessiepresso)