quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Nanowrimo: Dias 5 e 6

Ontem, mais uma vez, não tive tempo para escrever muito e estava demasiado cansada para postar decentemente. Hoje, para compensar o defice e atingir o minimo de palavras, escrevi 2,309 palavras. Talvez ainda escreva mais umas quantas antes de ir dormir.

O problema agora é dar continuação, fazer o "build up" para que os acontecimentos se possam dar. Estou cada vez mais convencida que o trabalho de edição vai ser puxado! Mas de vez em quando existem momentos eureka!
Por exemplo hoje criei uma personagem que, embora secundária, adoro. Simplesmente fluiu naturalmente. 

Posto isto. Tomem lá segmentos:

“Porque, nesta vida, tudo vem grátis não é?” Como poderia Ingrid simplesmente trocar de apartamento, tendo em conta que nem dinheiro para pagar a renda tinha, e trocar de trabalho se nem para bartender servia – visto nem se lembrar de como perfurou um pulmão.
“Sabes que não o quis dizer dessa forma.” Ingrid ouviu um suspiro do outro lado da linha. “Mas preocupa-me que continues aí.”
Houvesse alguém que pensasse assim. Não era a primeira vez que a rapariga pensara em mudar-se, mas a verdade abatera-se sobre ela todas as vezes, não tinha um tostão em seu nome.
+++
O silêncio apertava. Do outro lado da linha Josh riu-se também. Um riso também estranho na sua essência, mas o súbito pânico de Ingrid fez com que a rapariga não reparasse nisto.
“Eu…estava apenas a brincar. Acho melhor que ambos vamos dormir. Tenho saudades tuas, Ingrid.” Quase não teve tempo de responder antes que Josh desligasse o telefone.
O gelado, há muito esquecido, derretia dentro do seu recipiente. Ingrid deitou a cabeça nas costas do seu velho sofá de pele, reflectindo sobre o que acabara de acontecer.
+++
O melhor do Blues era que todo o mal era interno. Só os moradores, os traficantes que por ali operavam e os clientes habituais daquele bairro, é que estavam sujeitos a que algum mal lhes caísse em cima. Se quisesses deixar o bairro mas houvesse contas a acertar, não conseguirias sair. No caso de Ingrid, se ela se quisesse mudar não enfrentaria objecções. Nunca dera confianças a ninguém, nunca tivera contacto com nenhum crime – aprendera, com a tia, que após as três da manhã não poderia sair à rua e que se se ouvissem tiros o melhor era fechar os olhos – e nunca aceitara favores de ninguém.


3 comentários:

  1. Pois... a escrever durante as aulas, também eu, olha olha... não escrevi nada, fui abarcada pela tristeza de umas coisas que se intrometeram - vou ficar sem o meu pc... well, talvez! - e pronto, fiquei bloqueada!

    Gostei bastante, dos três, o que menos gostei foi o primeiro, ficou um bocadinho confuso. Tive de ler duas vezes, mas ninguém é perfeito a escrever, deixa lá! eu estou a falar enquanto leitora, não escritora... que daí não tenho moral NENHUMA para falar!

    bjnhos**

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  2. nem escrevi muito nas aulas. só umas 300 palavras ou por aí. Opáaa isso é que não convém nada :c!
    O primeiro faz mais sentido em contexto :P

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    1. então a culpa é toda tua de "mim" não ter percebido! bahhhh :P

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